Não sei exatamente seu nome, vou chamar de menina das estrelas. Seus olhos azuis reluziam, sua pele branca quase brilhava com a luz néon. Longos cabelos castanhos, quase loiros, corriam embaraçando-se pelas suas costas. Não estava vestida como as outras. Era só uma blusinha e uma saia e um chinelo.
Bolei milhares de frases para a aproximação, nenhuma boa o suficiente para me fazer ganhar aqueles olhos. Optei pelo mais simples. Oi. Oi. Como você chama? Eu queria muito dar para você. Em um segundo acabou o romance, virou tesão. Como tudo mais naquele lugar.
Cada vez que abriam o box do banheiro, saia um casal. As vezes um trio ou um quarteto. Aquilo não me espantava mais, nem me excitava. Na maioria das vezes estavam somente enchendo o nariz de farinha.
Entramos em um box. Peguei-a pelos cabelos, coloquei os dentes no seu pescoço, a mão entre suas pernas. A Saia subiu, se tornou um cinto.
Espera - ela disse – Só dou para você se me deixar dar um tiro. Que? Cocaína – ela completou.
Olhei com cara de poucos amigos e disse - Não tenho. Então não dou, afirmou. Então não dá. E se foi.
Eu fiquei, lentamente tirei um pequeno pedaço de papel do bolso, abri. Despejei sobre minha carteira, mas não muito. Organizei com um cartão de loja. Esporte Fabiano – O Shopping do esporte. Enrolei o próprio cartão. Cheirei.
Entrou como uma bala, como se estivesse rasgando toda a pele do nariz. Efeito instantâneo. Coração acelerado, pernas moles, olhos lacrimejando. Esse é do bom, pensei, mulher alguma vale isso. E fui atrás de outra.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
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2 comentários:
tudo-puta-e-viado
rsrsrsrs
cinto...sinto. arrasa
apesar do ciuminho normal que me deu, achei mto bom...
o lugar...bom... história pra contar para os filhos é o que não falta... juntos e separados.
Beijos ticolino.
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